Após tudo pago, na 6ª feira quando nos preparávamos para os desalfandegar, deparamo-nos com o seguinte cenário: carros e contentores a 10 m de altura e o único guincho do porto avariado.
Resumindo só na 3ª feira foi possível desfrutarmos das nossas coisas. Os miúdos ficaram loucos de alegria por reaverem os seus brinquedos e se sentirem de novo “em casa”.
Rumamos a Sul em direcção a Angolares. Desbravando terreno entre bananeiras chegamos à roça Água – IZÉ (motivo de pirraça do Zé à Kika).
Encontrando-se desactivada toda a produção industrial (desde os fornos de secagem, ao caminho de ferro e suas carruagens, até às casas de apoio) com existia no “tempo di branco” (como eles dizem), mantém-se ainda uma pequena produção de cacau.
Desde a sua colheita ata ao final da secagem manual, duram dois meses, depois é ensacado e enviado para “fora “ (de S.Tomé) para ser refinado.
No regresso parámos na estrada para apreciar os carrinhos de madeira feitos pelos miúdos, fundamentais não só para as suas brincadeiras mas também para o transporte de bules de água, lenha ou bananas. Não resistimos a comprar um.
Acabamos o dia na Boca do Inferno, local onde nos disseram para tomar cuidado para não sermos engolidos, e onde os mais afoitos tomam um belíssimo banho num lago formado numa cratera de rochas (prometemos fotografias).
Na 2ª feira a Kika começou a sua 4ª classe na escola Portuguesa.
Trata-se de uma escola pequena onde a 1ª classe é leccionada em conjunto com a 2ª e a 3ª com a 4, cumprindo o programa educativo estabelecido para Portugal.
À professora da Kika cabe-lhe a difícil missão de diariamente entre as 7 ao 12h dar aulas a 13 meninos do 3º ano e 9 do 4º, de nacionalidades diferentes (São Tomenses, Portugueses e um Russo), e com ritmos de trabalho bastante dispares.
A ginástica e a música também lhe foram incumbidas.
Felizmente que a prof é nova, cheia de genica e amante da sua profissão, condições essenciais para levar a bom porto, os reais desafios que os professores Portugueses neste País se deparam.
Esta semana deixo o registo da descarga e acondicionamento do segundo gerador no nosso jardim (com cerca de 500kg - içado e movido à mão), supostamente mais silencioso que o primeiro, mas realmente mais gastador e barulhento.
Ontem foi dia de luto nacional, o único barco que ligava S.Tomé ao Príncipe “entrou a pique” e morreram cerca de 13 mulheres e crianças. Os socorros demoraram 4 horas. No Coments.